Ciência

Camada de Ozono

A Terra é envolvida por uma frágil camada de ozono, que protege animais, plantas e seres humanos dos raios ultravioleta emitidos pelo sol. Na superfície, o gás ozono contribui para agravar a poluição do ar das cidades e dar origem às chuvas ácidas, mas na estratosfera (uma das camadas constituintes da atmosfera), o ozono é um filtro da vida. Sem ele, os raios violeta poderiam aniquilar quase todas as formas de vida no planeta Terra. Em cada ano que passa, as notícias sobre a rarefacção da camada de ozono pioram significativamente: em 1985, imagens obtidas por satélite revelaram, sobre a Antárctida, 80-98% de destruição da camada de ozono durante a Primavera e princípio de Verão, tendo-se verificado mesmo ruptura da camada de ozono no início da Primavera em 1998.
Desde essa data e até 2006, a área danificada expandiu-se, ficando com uma dimensão equivalente a três vezes a área dos EU!

Sao as substâncias (químicas a maioria) fabricadas pelo Homem que estão a danificar a nossa camada de ozono. Essas substâncias são os óxidos nítricos e nitrosos expelidos pelos exaustores dos veículos, o dióxido de carbono produzido pela queima de combustíveis fósseis como o carvão e o petróleo e os CFC’s. Os CFC’s (clorofluorcarbonetos) têm um efeito mais destrutivo. Uma vez libertados no ar, os CFC’s demoram cerca de 8 anos até atingirem a estratosfera, onde atingidos pela radiação ultravioleta se desintegram e libertam cloro, que vai reagir com o ozono, dando origem a oxigénio. O grande problema é que este oxigénio não protege o nosso planeta dos raios ultravioletas, ao contrário do ozono, e cada molécula de CFC pode destruir cerca de 100 mil moléculas de ozono.
Apesar da camada de ozono absorver parte da radiação ultravioleta, uma pequena porção atinge a superfície terrestre. Essa paquena porção, só nos EUA mata, por ano, cerca de 12 mil pessoas devido ao cancro da pele. As radiações ultravioletas afectam também o sistema imunológico, diminuindo a resistência humana a doenças como herpes e o próprio cancro, causando também problemas oftalmológicos, como cataratas e enfraquecimento da visão. Também a vida marinha se encontra ameaçada, especialmente o plâncton, que vive na superfície do mar e que é alimento de muitas espécies marinhas, o que também é prejudicial para as outras formas de vida marinha. É o plâncton que absorve cerca de 50 % das emissões de dióxido de carbono do planeta.
Este problema está longe de acabar e é por isso que diversos paises têm vindo a trabalhar para eliminar a produção e uso dos CFC’s.
Também nós, seres humanos, podemos contribuir para a resolução deste problema, não utilizando produtos que contenham CFC’s. Cabe a todos nós, habitantes do planeta Terra, a eliminação deste flagelo que se não tiver termo poderá pôr em risco a vida dos nossos filhos, netos, bisnetos, ...

Vanessa Ferreira
In Jornal Nova Esperança
Edição Impressa, Abril 2008